segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Jeitos

O jeito é você tomar jeito
De qualquer jeito
Porque de jeito nenhum
Você podia ter feito tudo desse jeito

Seu jeito que mexe comigo
Mas agora não tem mais jeito
Porque eu já dei um jeito 
De te mostrar que não tem outro jeito

E desse jeito que eu decidi
Ficamos daquele jeito
Um jeito que ninguém gosta
E dói demais desse jeito

Esse jeito é um sujeito direto
Que não aceita esse jeito seu
É um jeito que eu também não gosto
Mas é um jeito para recuperar o respeito que você perdeu
Você dê um jeito, 
Porque eu já dei o meu.

domingo, 16 de agosto de 2015

O poema mais triste que eu já escrevi, na minha opinião

Pessoas violentas
Mundo egocêntrico e
Solidão

Gente deprimida
Jovens marginalizados
Rebelião

A vida é só comédia
Dentro das redes virtuais
Na real é uma prisão

Estamos na cadeia
Trancados nas ideias,
Inseguranças e corrupção

A arte imita a vida
Luta, tiro, armas, morte
São jogos de maior sensação

Um sangue frio corre
Dentro das suas veias
Todos morrerão

O ser humano
Se extinguindo
É a natural seleção

Choro, sangue,
Brigas e miséria
Lotam a televisão

Todos sentam,
Deitam e rolam
Vendo essa aberração

Quando se devia se pregar
O amor, a paz, a verdade
A oração

Induzem o desejo da guerra,
Da vingança e do ódio
Desunião

E quanto mais carentes ficam
Mais se encontra
A segregação

E eu me entristeço
Porque
Sou sensível e não

Suporto essa baixaria imunda
E não vejo
Solução

sábado, 15 de agosto de 2015

Tem erro sim

Porque a vida tem erro sim
Eu também vou errar sim
E nos livros tem erros sim
E você está errado sim
Todo mundo está errando sim
A política está errada sim
A religião está errando sim
O seu time tem erro sim
Sua cultura tem erro sim
Seus pensamentos estão errados sim
Suas ideias estão erradas sim
O conhecimento tem erro sim
E meus poemas tem erros sim
As palavras tem erros sim
As frases, rimas e textos estão errados sim
Você vai conviver e aceitar o erro sim

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Adeus, Ana

Na luta de reavivar nosso amor
Vivi com os resquícios do que me sobrou de você
E fui atrás sem medo e sem forças e mais nada
E fui pisada

Adeus, Ana

E não quero mais as memórias que tenho de nós
Tenho nojo, gastura, arrependimento
Era pra eu lembrar com amor 

Adeus, Ana

E quem vai se despedindo é a parte que queria acreditar
É meu lado bom que perdeu a fé

Adeus, Ana, adeus...

Tenho a memória de chorar desesperadamente quando entrava no ônibus e te deixava 
Eu sabia do fim, só não imaginava que fossemos morrer

Você se despediu de mim bem antes
Mas não valorizou uma memória alegre 
E eu não deveria ter valorizado todas

Adeus, Ana

Minha luta foi contra mim
Insisti em memórias boas
E não acreditava quando você me dizia que era uma pessoa ruim

Adeus, Ana

O mundo acabou em 2012
Quando eu te conheci
E tudo é resultado das ruínas que ficaram

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Instantes finais de uma despedida

O seu lápis de olho borrado
Suas mãos frias
Não sentia mais o mesmo perfume
O abraço forte, era diferente
Sua cara fechada
Seus olhos grandes nem olhavam diretamente
Quando me olhou, era um olhar seco
- Você tem certeza?
-Tenho
E minhas pernas enfraqueceram
"O que foi aquilo?"
Me perdi do mundo e naveguei em tristezas
Ai...não achei que fosse doer
Doeu.
Não achei que fosse acabar
Acabou
Não achei que era certo
Você achou o contrário
Bem e mal não combinam
Eu estou mal. Não é bom.
Era previsível
Desde o primeiro e último olhar
Era um adeus
O adeus.
Ou como eu prefiro pensar:
Até mais.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Eu e ela

Eu sou uma pessoa não muito evoluída
E eu bagunço muito as coisas,  fico meio perdida
Ah, meu amor...as vezes não vejo outra saída
Você teria que me ajudar a organizar a minha vida

Porquê?

Você...

Precisa...

Saber...

Que sem você tudo fica mais complicado
Eu era mais organizada, tudo era arrumado
Parecia muito lindo, limpo, fácil, estando do seu lado
Agora estou aqui, daquele jeito, nesse estado

Ah meu amor...

Como é...

Que eu faço?

...

Todas as coisinhas eram lindas e belas
Meu conto de fadas, te namorar da janela
Passeando na rua, de mãos dadas eu e ela...

Eu e ela...

E eu olhava nos seus olhos e me perdia em pensamentos
Nossos planos, filhos, casa ou apartamento?
Como seria o bolo do nosso casamento
Seria muito lindo viver esses momentos

Um dia...

Quem sabe...

Te encontro...

Por aí...

Enquanto isso não acontece vou tentando me arrumar
Colocando cada coisa no seu devido lugar
Vou seguindo a minha vida, com meus planos devagar
Talvez você possa até querer voltar...