sábado, 25 de março de 2017

Tristeza de outono

Não é tão ruim eu acredito
Viver dentro de mim sem ninguém
Me consolar com as coisas que eu gosto
Com as pessoas que eu convivo
É melhor do que virar a noite num bar
Perdida na noite
Na madrugada
Bêbada e destruída
Como nos verões passados

Nessa tristeza sazonal reflito
Tudo que eu não permiti ir além
Essa autossabotagem sufocante
Que não me deixa levar adiante
Os planos que eu fiz
As histórias que eu perdi
Os sorrisos que eu não dei

No final desse período espero
Que eu me livre desse mal
Desse sentimento inoportuno
Que chegou suave, mansinho
E se afixou em mim lentamente
Provocando esse mal estar vivo
Físico, psicológico e clínico
Essa tristeza profunda em mim