É a infelicidade de não ser agradado pela própria companhia.
É não conseguir sorrir sozinho.
É envelhecer por dentro.
É desperdiçar a vida.
É o choro discreto,
aquele sem lágrimas,
que só o olhar conta.
Grito, grito, grito.
Ninguém me ouve.
Por fora tudo parece perfeito.
Mas lá dentro nada reage.
Socorro, socorro, socorro.
No mais profundo pensamento.
Nada me aquieta.
Respiro e amarga a garganta.
Sussuro para minha alma:
"Aguenta... Por favor, aguenta."