terça-feira, 19 de maio de 2015

Paralelo

Esse impulso de criatividade medíocre
Que eu guardo nos pensamentos ocultos
Sincronizo com o desinteresse na vida
E jogo onde ninguém deve ver

E se sabe sinto raiva, lá no fundo
Pensamento egoísta que me acomete
Não quero ninguém sabendo das minhas ideias
Da minha vida e nem de nada meu

Como é terrível pensar que tem pessoas
Que só interessam em você por posição social
Gente fina, elegante e sincera?
Se você for pobre, feio e chato ninguém vai te querer

Exultar a miséria do ser humano
É a necessidade de ter amigos influentes
De ir pra festas para aparecer em revistas
De ser alguém reconhecido por fazer nada

Fico deprimida em um segundo
Quando começo a pensar
Como a vida mudou, muda e não para
Como ao mesmo tempo tudo isso é efêmero
E quanto valor as pessoas dão às coisas fúteis.