sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Paralelos

Consigo ser mais que eu
Mais que um só
Inconsciente e consciente
Consigo ser quem nem sou
Quem nem fui
Quem nunca seria
Mas é
Consigo me multiplicar em mil
E viver bem mais

Consigo ser o amanhã eterno no presente
E o passado futurista inventado
Consigo me imaginar tão vividamente
Tão colorido que memórias são quase irreais perto disso

Sou livre dentro de mim
E para se chegar nos paralelos perfeitos
Entre caminhos tortuosos de infelicidade paradoxal
É necessário se fazer de tolo
De estúpido, inconveniente
E conivente com o processo de estagnação mental
Abandonar tudo que te prende
E prender-se num túnel infinito de possibilidades migratórias
Fugir.